Pertencimento – A Necessidade de Ser Aceito e Amado
- Fernanda Brito Calif
- 18 de jan. de 2024
- 2 min de leitura
Uma das experiências mais desafiadoras é não se sentir parte de um grupo. Nesses momentos, é comum começarmos a duvidar do nosso valor, acreditando que algo está errado conosco.
A dor da rejeição é universal; todos, sem exceção, enfrentarão rejeição em algum ponto de suas vidas, seja sendo rejeitados ou rejeitando alguém. É uma parte inevitável dos nossos relacionamentos.
Quando somos nós a rejeitar, muitas vezes não refletimos sobre como a outra pessoa se sente. Afinal, normalmente não é um ataque pessoal; é simplesmente uma escolha. Toda escolha implica em deixar algo para trás, como optar pelo caminho A em detrimento do caminho B.
Embora o processo de escolha possa envolver alguma dor, geralmente seguimos em frente após a decisão, sem dar muito peso ao caminho não escolhido. No entanto, é essencial lembrar que fazemos escolhas todos os dias, desde o que comer no café da manhã até decisões mais complexas, e cada escolha envolve uma forma de rejeição.
A perspectiva muda drasticamente quando nos tornamos os rejeitados. Em vez de encarar como uma decisão do outro, tendemos a interpretar como um reflexo de nossos próprios defeitos, sentindo-nos inadequados, errados e indignos de amor.
Essa tendência à auto rejeição tem raízes em nosso condicionamento, baseado em métodos de recompensa e punição desde a infância. Quando crianças, aprendemos a associar nossa adequação às expectativas dos pais e professores com aceitação e amor. Por outro lado, descumprir regras resulta em punição e rejeição, levando-nos a acreditar que, por mais que nos esforcemos, nunca seremos merecedores de aceitação.
Essa dinâmica gera um ciclo de auto rejeição, levando a uma busca constante por validação externa. Muitas vezes, esse vazio interno se torna um gatilho para relacionamentos abusivos.

A verdadeira solução para essa dor não está fora de nós, mas sim dentro.
Curar essa ferida requer compreender que somos os únicos capazes de proporcionar o amor que precisamos. O amor-próprio inicia com um processo interno de autoconhecimento e cicatrização das feridas emocionais acumuladas ao longo dos anos.
Ao compreender e aceitar a si mesmo, alterar a autopercepção e nutrir um profundo amor por quem somos, podemos iniciar o caminho da cura e do verdadeiro pertencimento.
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